Em um movimento inovador, o governo chileno assinou um acordo de parceria com o Google na quarta-feira, 11 de janeiro, para embarcar na construção do primeiro cabo submarino de fibra óptica transpacífico, denominado "Projeto Humboldt".



Este ambicioso cabo, abrangendo impressionantes 14.800 quilómetros, interligará a América do Sul, a Ásia e a Oceânia com uma capacidade impressionante de 144 terabytes por segundo. A rota do cabo se estenderá de Valparaíso, no Chile, até Sydney, na Austrália, atravessando a Ásia ao longo do caminho.

O Projeto Humboldt, com investimento inicial de US$ 55 milhões (aproximadamente R$ 268 milhões), tem início de construção previsto para 2025, com previsão de conclusão no ano seguinte e vida útil operacional prevista de 25 anos.

O objetivo principal é otimizar a transmissão de dados entre a Ásia e a Oceania, caracterizada por uma redução significativa na latência e maior autonomia. Espera-se que isso crie um ambiente propício para o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas de ponta.

O presidente chileno, Gabriel Boric, enfatizou que o projeto “consolida a posição do Chile como um centro digital na América do Sul, abrindo portas para novas indústrias, empregos e melhores condições de trabalho e de vida para milhares de pessoas”.

Karan Bhatia, vice-presidente de Assuntos Governamentais Globais e Políticas Públicas do Google, destacou a importância do cabo como uma “conexão física com a Ásia e uma rota comercial do século 21”.

Os Estados Unidos, através do seu Departamento de Estado, expressaram o seu apreço pela iniciativa, destacando o seu potencial para impulsionar "a integração económica global da América do Sul e das nações insulares do Pacífico através de avanços na conectividade digital".

Nomeado em homenagem ao renomado geógrafo e astrônomo alemão Alexander von Humboldt (1769-1859), o projeto também presta homenagem à Corrente de Humboldt, que serpenteia pelas costas do Chile e do Peru.

À medida que o Projecto Humboldt toma forma, não só significa um salto monumental na conectividade global, mas também mantém a promessa de promover o crescimento económico, a inovação tecnológica e a melhoria dos padrões de vida nas regiões conectadas. A iniciativa obteve reconhecimento internacional como um passo transformador em direção a um mundo mais interconectado e digitalmente capacitado.